Google critica directiva europeia sobre direitos de autor

Não se trata, segundo explica a seguir, de renunciarem ao seu “direito vizinho”, mas sim de poderem suspender a respectiva aplicação:
“Há milhões de editores de conteúdos na Google Search, e mais de cem mil na Google News. Queremos que eles possam continuar a participar sem terem, por exemplo, de estabelecer relações com uma terceira parte” [a directiva abre caminho a negociações colectivas de editores, por meio de organismos profissionais que repartiriam então as receitas].
Segundo afirma também, “devemos ter a certeza de que a medida vai beneficiar os media de informação e actualidade; há hoje na Web editores de conteúdos de culinária, de moda... Nós queremos que o benefício vá para a informação”.
Recordando que o debate para acertar as versões do texto se passa, neste momento, entre três partes, o Parlamento, a Comissão e o Conselho Europeu, representando os dirigentes dos países da União Europeia, havendo variações de formulação entre todos, admite que há “resistência sobre certos pontos” e, portanto, “espaço para melhorar o texto”.
Recorda também que, na Espanha, no ano seguinte ao voto de um “direito vizinho” para a Imprensa, a audiência na Web aumentou, mas a dos meios de informação baixou”. [para evitar pagar, a Google tinha decidido fechar a Google News neste país]
“Nós trazemos valor económico aos editores de conteúdos: a Google Search e a Google News geram mais de dez biliões de visitas por mês aos seus sites. Os leitores podem ver aí publicidade, vendida pelos editores, ou decidir pagar por assinatura.” (...)
A entrevista aqui citada, na íntegra em Le Monde, e informação recente sobre este debate no nosso site