“France-Soir” em declínio acelerado à beira do fecho
Recorde-se que o France-Soir, foi o grande jornal popular do período do pós-guerra. Nascido das folhas da resistência, foi liderado por Pierre Lazareff. O empresário, vindo dos Estados Unidos, aplicou um modelo de manchete e fotos chocantes, trazendo com ele um exército de repórteres e de grandes escritores. Com seis edições diárias na década de 50, chegou a imprimir um milhão de cópias por dia.
Após da morte do seu carismático proprietário, iniciou-se um lento declínio. Em 1976, ao ser comprado por um antigo administrador do Le Fígaro, Robert Hersant, oitenta jornalistas evocaram uma cláusula de consciência e abandonaram o jornal.
Depois de ser transaccionado várias vezes, acabou nas mãos de Alexander Pugachev, filho de um oligarca russo próximo do Kremlin.
Em dois anos, apesar do investimento de setenta milhões de euros, as vendas continuaram a cair e o milionário redireccionou o projecto para a Internet, o que não evitou a falência e uma consequente recuperação judicial que levou à venda de activos, entre os quais os seus importantes arquivos que foram então a leilão.
Mesmo assim houve quem acreditasse no valor do título da publicação e, no final de 2012, o investidor, Philipe Mendil, comprou que restava do France Soir, lançando uma revista semanal em formato electrónico com um corpo redactorial de cinco jornalistas. Deu-se um novo desaire a que se seguiu uma nova tentativa de recuperação.
Finalmente, a revista electrónica foi convertida, num site de notícias gratuito, que entrou agora em colapso com a greve dos jornalistas.
( Mais informação no Le Monde )