FIJ preocupada com liberdade de Imprensa na China
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São denunciados, neste relatório, vários incidentes mal esclarecidos, como o de um incêndio na casa do magnata da comunicação social de Hong Kong, Jimmy Lai, e na sede da sua empresa Next Media, que publica o jornal Apple Daily; outro caso passou-se no jogo de qualificação para o Mundial 2018, disputado entre a China e Hong Kong, em que, segundo o Apple Daily, jornalistas foram detidos pela polícia durante três horas e acusados de "jornalismo ilegal".
Hong Kong tem um estatuto semiautónomo depois de ter sido restituído à soberania chinesa em 1997, mas há receios de que estas liberdades estejam a desaparecer, particularmente após as grandes manifestações de 2014 e a rejeição, em Junho do ano passado, da reforma política proposta por Pequim para o território.
Mantém-se sem explicação o desaparecimento de cinco livreiros da antiga colónia britânica, funcionários da editora Mighty Current, conhecida por publicar títulos críticos dos dirigentes de Pequim. “Atendendo a que Hong Kong vai a eleições no próximo ano, o partido está também a usar a sua considerável riqueza para consolidar a sua influência na região” - acrescenta a Federação Internacional de Jornalistas.
Segundo o jornal macaense Ponto Final, “onde a contestação às políticas de Pequim é pouco expressiva”, o documento da FIJ refere dois casos, um de Março e o outro de Abril do ano passado. O primeiro foi o afastamento, por seguranças, de um jornalista que tentava entrevistar responsáveis do Governo à margem da inauguração de uma exposição no MGM.
O segundo caso, denunciado pelo portal All About Macau, diz respeito ao incidente que opôs uma equipa do canal televisivo MSTV a estudantes da Universidade de Macau, na sequência de um incêndio num dos dormitórios do estabelecimento de ensino superior.
O relatório refere ainda a alegada "apreensão, a 21 de Maio, pelas autoridades da China Continental, de quase um milhar de cópias de um livro do ex-presidente da Associação Novo Macau, Sulu Sou."