A pandemia veio agravar a crise da imprensa portuguesa que, no ano passado, registou, em média, uma quebra de 20% na circulação em papel, de acordo com o mais recente relatório da APCT.
Segundo a APCT, o “Correio da Manhã”, “Jornal de Notícias” e “Público”, os três diários generalistas auditados, venderam em média, e no seu conjunto, menos 29.902 exemplares por edição no último ano, o que representa uma quebra na ordem dos 23,1%, relativamente à circulação impressa paga registada no ano anterior.
Por outro lado, o semanário “Expresso” parece ter resistido aos efeitos da pandemia, ao registar uma quebra de apenas 0,13% na circulação.
Ainda assim, a maioria dos títulos nacionais reagiu bem à situação pandémica, já que se registou um crescimento significativo no âmbito das visitas “online” e das subscrições digitais.
Analisando o desempenho de cada um dos títulos, o “Correio da Manhã” mantém o estatuto de jornal com maior circulação impressa, com uma média de 58.165 exemplares vendidos por edição em 2020, o que representa uma quebra na ordem dos 20,2%, face ao período homólogo do ano anterior.
No mesmo sentido, o “Jornal de Notícias” desceu de uma média de 39.307 exemplares vendidos por edição em 2019, para uma média de circulação impressa paga de 28.172 exemplares ( menos 28,3%).
Por sua vez, o” Público” desceu de uma circulação impressa paga de 17.323 exemplares registada em 2019 para os 13.237 no último ano.
Destaca-se, por isso, o semanário “Expresso”, cuja circulação começou a crescer a partir de Março.
Março 21
Após ter vendido, em média, 54.648 e 53.577 exemplares por edição nos meses de Janeiro e Fevereiro, respectivamente, o semanário da Impresa registou, em Março ,uma circulação impressa paga de 54.330 exemplares, subindo, em Abril, para os 56.565 exemplares.
O pico da circulação foi atingido em Julho, com uma média de 63.270 exemplares vendidos por edição.
Já o “Diário de Notícias” registou, no total do ano, uma média de 3.564 exemplares vendidos por edição, o que traduz uma quebra na ordem dos 34% relativamente à circulação do título do Grupo Global Media que regressou, entretanto, ao formato diário.
Entre as “newsmagazines” as quebras rondaram os 17,6%. A “Sábado” segurou a liderança do segmento, vendendo uma média de 30.815 exemplares por edição, que comparam com 38.566 exemplares vendidos em 2019 (-20,1%).
A "Visão'', por seu lado, registou uma média de circulação impressa paga nos 30.278 exemplares, que comparam com 35.574 exemplares no período homólogo ( menos 14,9%).
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