O presidente do júri do Estação Imagem, Santiago Lyon  - que foi director de fotografia da agência Associated Press, disse que, “hoje em dia, o fotojornalismo está numa crise. Não acho que seja catastrófico, mas está em constante mudança e é difícil para os fotógrafos e fotojornalistas encontrar trabalho e, em muitos casos, o trabalho e o dinheiro vêm do sector comercial”. (...) 

Questionado pela Lusa  - que aqui citamos do Observador -  Santiago Lyon mostrou-se “impressionado com a qualidade do trabalho” dos fotógrafos portugueses que, em qualquer temática, apresentaram fotografias “de classe mundial”. No júri do concurso deste ano estiveram também os fotojornalistas Sara Naomi Lewkowicz, Marco Longari e Tanya Habjouqa. 

“A Fotografia do Ano foi atribuída ao galego Gabriel Tizon, com ‘O Frio dos Refugiados’, em que retrata um jovem refugiado na fronteira entre a Sérvia e a Croácia, tendo os fotojornalistas Nuno André Ferreira e Filipe Amorim recebido uma menção honrosa por ‘Incêndios’ (sobre os incêndios de Outubro, em Tondela) e ‘Bons Amigos’ (que capta um pontapé de um futebolista a um colega de equipa), respectivamente.”

“Os incêndios de 2017, que afectaram em particular a região Centro do País, estiveram presentes noutras categorias da edição deste ano do Estação Imagem, com a distinção para ‘Um País em Luto’, de Rui Duarte Silva, na categoria de Notícias, e com ‘Incêndios Florestais em Portugal’, de Mariline Alves, na categoria de Ambiente.” (...) 

A Estação Imagem destina-se a premiar reportagens de fotógrafos portugueses, dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e da Galiza, ou feitas por estrangeiros nestes territórios. Coimbra é, pela primeira vez, a anfitriã deste festival de fotojornalismo, que, no passado, decorreu em Mora e em Viana do Castelo. 


Mais informação sobre os prémios atribuídos em outras categorias no Observador e no site de Estação Imagem