Numa breve declaração ao ECO - Economia Online, Carlos Magno afirma que "a ERC não travou o negócio, o processo seguirá agora para a Autoridade da Concorrência".

"O ECO sabe que a ERC tinha em mãos um parecer técnico dos serviços que apontava para riscos, não sendo necessariamente desfavorável à operação. Na ERC existia uma corrente, protagonizada por Carlos Magno, segundo a qual as questões levantadas pelo relatório eram mais próximas das competências da AdC e não da pluralidade, diversidade e liberdade de imprensa, como incumbe à ERC, apurou o ECO."



Segundo o Público, que aqui citamos, “apesar de o presidente da ERC, Carlos Magno, ter votado a favor, os dois outros vogais, Luísa Roseira e Arons de Carvalho, votaram contra, seguindo o parecer negativo dos serviços jurídicos da ERC”. 

Um dos membros do Conselho Regulador, contactado pelo mesmo jornal, “confirmou que Carlos Magno se opôs ao chumbo do negócio, alegando ter uma resposta do regulador francês a uma carta por si enviada, em que este lhe garantiu que ‘Patrick Drahi [o dono da Altice] é um negociador difícil, mas exemplar no cumprimento das obrigações impostas pelo regulador’.” 

Alberto Arons de Carvalho, vice-presidente do Conselho Regulador da ERC, terá afirmado: 

“Tínhamos um parecer muito bem fundamentado dos serviços jurídicos, que é muito crítico e descreve exaustivamente os riscos da operação, e que teve o apoio de dois membros do conselho, mas não chegou. Como se exigia uma unanimidade na decisão,  infelizmente não pudemos fazer com que a conclusão reflectisse esse sentido negativo”, acrescentando que “foi a decisão possível”. (...) 

“Na sequência deste processo, a directora jurídica da ERC, Marta Carvalho, terá pedido a demissão, apurou o Público junto de fontes ligadas ao processo.” (...) 

 

Mais informação no Público, no Jornal de Negócios e no ECOA nota da ERC