O presidente da ERC, juiz Sebastião Póvoas, o vice-presidente, Mário Mesquita, e a vogal Fátima Resende, deixaram explícito que a presente aprovação da destituição de Vítor Gonçalves e João Fernando Ramos se deve apenas aos argumentos apresentados pela nova Directora de Informação, Maria Flor Pedroso, não estando em causa a capacidade ou a “idoneidade técnica” dos jornalistas referidos. 

Segundo o Público, que aqui citamos, “o magistrado Sebastião Póvoas mostrou-se particularmente crítico das mudanças dos últimos três meses, considerando a proposta do Conselho de Administração da RTP — de destituir jornalistas que tinha considerado capacitados para o cargo poucos meses antes — “errática e não justificada”. (...) 

Também Mário Mesquita, na sua declaração de voto, sublinha que valida a exoneração de Vítor Gonçalves e João Fernando Ramos “por motivos que se ligam apenas à possibilidade concedida a Maria Flor Pedroso para formar a sua equipa na Direcção de Informação da RTP.” 

A vogal Fátima Resende, além de ecoar as preocupações das demais declarações de voto, critica ainda “a falta de qualquer referência à correcção do deficit de pluralismo”, identificado nos últimos relatórios da ERC sobre os serviços noticiosos da RTP, “dando destaque predominante ao Governo e/ou aos partidos que o sustentam”. (...)

 

 

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