Empresas jornalísticas em dificuldades perante receitas de publicidade em queda livre

Duas peças principais compõem este trabalho. A primeira mostra os números da dívida líquida dos quatro principais grupos de comunicação social em Portugal. No total, a dívida das três primeiras - Cofina, Impresa e Media Capital - ascende a 371,7 milhões de euros; mas sobe para cerca de 470 milhões quando se lhe acrescentam os 100 milhões da Global Media (antiga Controlinveste).
Segundo o relatório de contas da detentora da TVI, na reportagem que citamos, “o endividamento líquido registou um acréscimo de 2,5 milhões de euros face a Dezembro de 2015, situando-se no final de Setembro de 2016 em 114,7 milhões de euros”.
O relatório do grupo que detém a SIC, Expresso e Visão, refere também, a Setembro de 2016, uma dívida líquida de “200,5 milhões de euros, ou seja, uma subida de 4,9 milhões de euros face ao período homólogo”.
O relatório da Cofina (Correio da Manhã, Sábado e CMTV) fala de uma dívida líquida nominal de 56,5 milhões de euros no mesmo mês referido nos outros casos.
As consequências têm sido, do ponto de vista humano, despedimentos ou rescisões de contratos; do ponto de vista físico, alienações de património, reestruturações e entradas de capital estrangeiro.
A segunda reportagem, referente à situação actual do Diário de Notícias e do espólio que reunia na sua antiga sede, na Avenida da Liberdade, agora trocada por nova localização nas Torres de Lisboa, é matéria para outra reflexão.
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