A importância do El País foi, naturalmente, potenciada pela sucessão de vários momentos históricos de que foi testemunha e, por vezes, protagonista involuntário. Em primeiro lugar, a transição para a democracia, mas igualmente os períodos de violência terrorista interna, mais tarde a queda do muro de Berlim, depois o 11 de Setembro e as novas formas de guerra que se lhe seguiram.

O primeiro director, Juan Luís Cebrián, recordou um atentado bombista contra a própria redacção do jornal, em 1978, que causou um morto e dois feridos graves.

Javier Moreno, que ascendeu a esse cargo há dez anos, quando se fazia a transição para o digital, recordou a importância que teve para o El País o facto de ter sido, com The Guardian, The New York Times, Le Monde e Der Spiegel, um dos jornais envolvidos  na divulgação dos documentos diplomáticos que ficaram conhecidos por Wikileaks. O actual director é Antonio Caño.

El País não se limitou a ser um grande jornal de referência em Espanha, mas tornou-se conhecido e lido em muitos outros países, incluindo Portugal e, naturalmente, em todo o espaço da América Latina e de outras regiões onde houve presença colonial espanhola.

Recorde-se ainda que, em Portugal, um dos grandes canais televisivos generalistas, a TVI, é controlada pelo mesmo grupo Prisa, que tem como estrela principal o El País.


Os cinco directores da história do El País