A chefia da redacção inclui nomes bem conhecidos da Imprensa espanhola, como Fernando Bermejo, Victoria Prego, Fernando Mas, Juan Tomás Delgado, Antonio Sanchidrian e Mila Gorriti, à frente de uma equipa de 33 pessoas, quase todas jornalistas. Como características do novo modelo apontam-se um financiamento de 90% baseado na publicidade e 10% nas assinaturas. A informação será de acesso livre, mas os assinantes terão alguns serviços adicionais.  

O capital inicial é de quatro milhões de euros, trazidos pelos fundadores da sociedade e os próprios jornalistas que se integram nela. “Todos têm que ser accionistas”  -  afirma o director. “Representa quase um sonho fazer um meio de comunicação de que nós, jornalistas, temos o controlo. Isso é fantástico.”

Afirma ainda, noutro ponto da entrevista: “Vamos publicar toda a informação. Não podemos utilizar a desculpa de que estamos condicionados pelos nossos accionistas.”

Sobre a proximidade entre o jornalismo e o poder, diz Casimiro Garcia-Abadillo:

“A proximidade não me preocupa. O que me preocupa é a conivência. Nós, jornalistas, temos de estar perto do poder, porque damos informação sobre ele. O que é preocupante é que haja meios que seguem fielmente linhas partidárias, sem dizer que são de partidos políticos, ou que claramente não dão determinadas informações de grupos financeiros, por compromissos publicitários. Isto é que me preocupa. A proximidade não, porque é necessária para informar.”

 

A entrevista com o director de El Independiente, no site da APM