Como refere Alberto Artero, director do jornal, num artigo publicado no site Media-tics, o El Confidencial está a planear uma reestruturação da equipa, que conta neste momento com 150 pessoas, tornando-se, desta forma, mais atractivo para possíveis compradores. O diário foi posto à venda há vários meses.

O objectivo da administração do jornal é continuar a crescer, mas tal "não será possível com o actual nível de recursos económicos e a sua estrutura de custos."
El Confidencial acumula oito milhões de euros de despesa, a maior parte dos quais com o pagamento de salários."

Apesar de ter mais de 10 milhões de visitantes únicos por mês, as receitas com publicidade não cresceram o suficiente para cobrir os custos. Por outro lado, a diversificação temática de conteúdos provocou a perda de identidade do jornal, que desde o princípio se assumiu como um diário político-económico.

Os meios digitais têm que partilhar as receitas publicitárias com os gigantes Google e Facebook, que arrecadam a maior fatia do mercado,  e os jornais gratuitos dependem em grande medida da publicidade para sobreviver. Por isso, foram obrigados a apostar na diversificação dos seus negócios, passando a oferecer aos leitores a possibilidade de usufruir de produtos de maior qualidade, mas pagos.

Manuel Tereisa, director comercial do El Confidencial, afirmou que “o jornal é rentável desde o seu segundo ano de vida. O segredo para superar a crise foi incluir novas fontes de financiamento, como, por exemplo, a realização de eventos e a inclusão de vídeos na edição diária”.

Apesar de Manuel Tereisa referir que as receitas cresciam "um milhão e meio de euros por ano, dos quais se investia um milhão", as últimas informações sugerem que as contas actuais não serão tão positivas e que "os responsáveis pelo diário não terão outro remédio senão recorrer a reduções de pessoal se não querem entregar ao novo proprietário um negócio insustentável".


O artigo original, em Media-tics