“A prazo, é a pluralidade e mesmo a sobrevivência dos media que está em jogo”  - afirmou Sophie Poncin, presidente do SRI. Esta situação explica as recentes alianças anunciadas por vários grupos de media, entre os quais o Le Monde, por necessidade de juntarem forças para resistir a esta “quase confiscação do crescimento”. 

“Gostaríamos de nos regoziar pelo crescimento da publicidade digital, mas só podemos deplorar a hegemonia das plataformas”  -  acrescentou  Sophie Poncin. 

“O mercado digital retoma um ritmo que não conhecia desde 2011” – resume Sébastien Leroyer, director do Experience Center da PwC [que realiza este estudo para o SRI]. “Mas este crescimento faz-se num contexto de mercado profundamento tranformado pela dominação das plataformas ‘sociais’ e ‘de busca’. O que interpela neste último Observatório é que esta tendência se tem acentuado no decurso dos últimos meses.” 

Segundo Le Figaro, “o desequilíbiro continua a reforçar-se, e as razões são conhecidas. Com as suas poderosas aplicações, os seus biliões de utentes por mês, as duas empresas americanas instalaram-se como portas de entrada nos dispositivos móveis. Facebook, Instagram, WhattsApp, Messenger, GoogleMaps, Gmail, YouTube, concentram a maioria do tempo passado no móvel. Ambas se servem deste poder para impor as suas condições, como os Instant Articles ou as páginas AMP, alojadas directamente nelas, em vez de nas editoras.”  (...) 

“Em França, a Autoridade da Concorrência acaba de abrir uma consulta pública no quadro do seu inquérito sectorial sobre a publicidade online.”

 

 

 

Mais informação em Le Monde e Le Figaro, e o comunicado de Imprensa sobre o relatório do SRI agora divulgado