Esse desempenho será medido por uma ferramenta de análise de dados desenvolvida pelo Grupo Newscorp (que detém o Herald Sun), a Verity. Segundo a empresa, a Verity  “proporciona aos nossos editores, às redacções e aos pomotores de conteúdos, uma informação em tempo real que permite compreender e influenciar os conteúdos pelos quais a nossa audiência está disposta a ‘pagar e ficar’ (pay & stay).” 

Segundo The Guardian, os repórteres deste jornal (um tablóide de Melbourne, do grupo de Rupert Murdoch), foram recentemente informados sobre o “esquema de incentivos” proposto: 

“Foi-lhes dito que se trata de uma medida para encorajar os repórteres a pensarem em termos de como ‘venderem’ os seus trabalhos e serem mais ‘proactivos’ no próprio site e nas redes sociais.” 

Uma porta-voz da empresa explicou que este período de três meses “pode ajudá-los a compreenderem melhor de que modo esta ferramenta pode complementar o seu discernimento e intuição jornalística para conseguir assinaturas digitais”.

“Não se trata de cash for clicks [dinheiro pelos clics]” – afirmou. 

Uma newsletter do diário The Australian, do mesmo grupo, identifica os repórteres destacados pela Verity:

“Ewin Hannan trouxe cerca de 150 mil pageviews, bem como quatro assinaturas, na semana passada” [a reportagem é nomeada]. (...) 

“Também da delegação em Melbourne, Rebecca Urban conseguiu cinco assinaturas por reportagens, incluindo sobre o melhor desempenho das crianças imigrantes de origem asiática, e sobre o problema de bullying nas escolas australianas.”  (...) 

A fechar a notícia sobre este tema, The Guardian recorda que a News Corp anunciu recentemente uma próxima vaga de despedimentos, incluindo meia centena de jornalistas, sobretudo entre os que tenham menos competências digitais.

 

Mais informação em Le Figaro  e The Guardian