A má notícia, já receada, foi comunicada aos trabalhadores pelo administrador Gonçalo Faria de Carvalho, que “justificou a medida com a incapacidade de assegurar meios financeiros e humanos para prosseguir com a publicação de versão impressa do Económico. A partir de segunda-feira, o projecto manterá assim apenas a sua edição online e as emissões do canal ETV”. 

Segundo o Expresso – Economia, que citamos, “esta foi a solução encontrada pela administração do jornal para manter a empresa em funcionamento, enquanto aguarda pela aprovação do pedido de Processo Especial de Revitalização (PER), com que avançou no início de Março para a editora do Económico, a S.T. & S. F.” 

“O objectivo é evitar a falência do projecto, cuja edição diária impressa foi fundada em 1989, é actualmente líder de vendas e de audiências na imprensa diária de economia e emprega hoje perto de 150 trabalhadores.” 

O trabalho do Expresso-Economia, que citamos da sua edição online, descreve o processo de deterioração que trouxe o Diário Económico até esta decisão difícil, sem deixar de comunicar, no seu último parágrafo, a situação mais recente do jornal, em termos de circulação e audiência: 

“Em 2015, o Diário Económico teve, segundo os dados da APCT, uma média de circulação paga de cerca de 13.500 exemplares por edição e, segundo o Bareme Imprensa da Marktest, uma audiência média de 164 mil leitores. De acordo com o ranking Netscope da Marktest, o site do Económico foi em Janeiro o 14.º site de informação mais visitado do País, com mais de 7 milhões de visitas.”

Entretanto, Jaime Antunes, um dos fundadores do Diário Económico, e Horácio Piriquito, empresário que ocupou funções como administrador e director do título, mostram-se disponíveis para tentar salvar o jornal. “Um esforço conjunto para tentarem ainda salvar o projecto que pertence à Ongoing, reunindo um grupo de investidores qualificados”, é o que prometem Jaime Antunes e Horácio Piriquito, numa nota enviada às redacções.

“A operação, muito difícil de estruturar pelo extremar de todas as condições e pressupostos, a conseguir avançar, apontará para o jornal diário, internet, Económico TV e Económica Conferências”  - adiantam os dois empresários na mesma nota. O mandatário para a venda do Económico é o banco Haitong (ex-BESI) e o maior credor é a Autoridade Fiscal, seguida depois por fornecedores diversos e pelos trabalhadores (com salários em atraso).

 

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