O Bez.es procurou ser um diário generalista, mantendo como ponto de referência a publicação diária de seis peças bem documentadas, “afastadas do ruído” ligeiro mas tratando de temas graves, como a corrupção ou a reforma constitucional, por exemplo. 

Um dos dois co-fundadores, Braulio Calleja, escreve que “os meios de comunicação encontram-se hoje no aprisco das grandes dormideiras da sociedade (Google, Facebook, Apple, Amazon ou Netflix…), alimentados a alpista ou a cevada, consoante tenham inclinação para o voo curto ou para a plácida docilidade. Sair desse aprisco, ou renunciar a entrar nele, leva à solidão ou ao esquecimento. Ou, o que é pior, a ficar incluído nessa categoria tão depreciada, dos ‘raros’.” (…) 

No outro editorial, Juan Zafra afirma: 

“Dissémos que seríamos mais do que um meio [de comunicação]; fomos um núcleo dinamizador, um espaço compartilhado de criatividade e de conhecimento aberto. O talento dos nossos colaboradores, dos nossos seguidores… e dos milhares de leitores que nos deram a sua confiança todos os dias, foi a principal fonte de energia para contribuirmos, por pouco que seja, para construirmos um país e uma sociedade melhores.” (…) 

Segundo notícia de Media-tics, que citamos, o Bez mal conseguiu chegar aos 12 mil visitantes únicos por mês, em Maio de 2017, e contava com nove pessoas na sua redacção. 

“Quando cumpriu o seu primeiro ano, o Bez garantia que a sua política não era a de entrar na luta pelos números das audiências, em que estavam mergulhados os meios digitais, manifestando o seu desacordo com as métricas de tráfego de que depende a publicidade.” 

 

Mais informação em Media-tics e no próprio Bez