“Face ao exposto, a Meo informou na presente data a AdC de que a aquisição pela Meo da Media Capital já não terá lugar, com a consequente extinção do processo de controlo de concentrações relativo àquela aquisição”, anunciou a Altice. 

Segundo o Expresso, que aqui citamos, “caso a compra em causa se tivesse chegado a concretizar, o maior grupo de media português iria ficar nas mãos da Altice, empresa francesa que já detém a maior operadora de telecomunicações do País”. (...)

Citando “fonte do mercado”, a notícia da TVI revela ainda que “estão ser consideradas outras alternativas a esta operação que mantenham o crescimento deste grupo de media que já é o maior de Portugal”: 

“O grupo que a Prisa detém em Portugal  - afirma -  é o maior do sector de comunicação social do país e é também um bom e rentável activo. A Media Capital conta com os melhores profissionais para manter e até reforçar a liderança nos mercados de televisão e rádio.” (...) 

Segundo o Jornal de Negócios, numa primeira fase “a Altice não quis fazer comentários”:

“Também a Prisa recusou fazer ‘de momento’ comentários e não revelou as alternativas que agora irá empreender, sabendo-se que a venda da Media Capital iria contribuir para reduzir o seu nível de dívida. O El Confidencial, no fim-de-semana, escrevia que a Prisa não descarta tentar de novo a venda da Media Capital, que, aliás, já está, nas contas da empresa espanhola, como operação descontinuada.” 

“E no mercado nacional começa, também, a falar-se de outras possibilidades de ‘ataque’ da Altice aos grupos de media em Portugal que poderiam suscitar menos dúvidas concorrenciais. No processo que iria receber luz vermelha da Concorrência, a Altice pretendia comprar o canal líder em sinal aberto da televisão portuguesa, que, além disso, tem presença em rádios, Internet e que detém a produtora Plural.” (...) 

Finalmente, a ECO – EconomiaOnline cita um extenso comunicado da Altice Portugal, em que a Autoridade da Concorrência é acusada de “completa falta de abertura para discutir soluções”: 

Segundo a empresa  - que descreve o processo decorrido ao longo de todos estes meses, durante o qual “as partes tiveram confiança numa apreciação positiva, não antecipando a completa falta de abertura para discutir soluções neste âmbito e manifesta ausência de respostas dessa Autoridade” -  perdeu-se agora “uma oportunidade de criar valor no sector dos media, (...) resistindo-se, injustificadamente, e em prejuízo da atractividade da oferta no mercado nacional, à tendência global para a consolidação entre telecomunicações, media, conteúdos e publicidade digital”. 

Como argumento, a Altice aponta para outros mercados e outros processos de consolidação do mesmo género: 

“Esta tendência, que o grupo Altice já lidera, noutros mercados geográficos, foi reconhecida e reforçada pela recente decisão das autoridades judiciais norte-americanas no sentido de autorizar, sem quaisquer compromissos, a aquisição da Time Warner pela AT&T”  -  lê-se na nota enviada à imprensa. (...)

 

Mais informação no Expresso,  no Jornal de Negócios  e na ECO