Debate sobre a Televisão Digital Terrestre na apresentação do estudo da ERC
Segundo o Diário de Notícias, para Nuno Artur Silva, "a história da televisão em Portugal é que todos os grandes arranques não começaram da melhor forma", aludindo à TDT, e lembrou que quem tem a concessão da rede [a Meo, da PT Portugal, grupo Altice] é "também um dos interessados que ela não vá para a frente".
José Eduardo Moniz reflectiu sobre o melhor caminho a seguir nesta matéria, tendo dito que, se não houver um "preço módico" para os canais estarem presentes naquela plataforma, o alargamento da oferta será difícil; "o que importa é que os canais consigam entender-se" relativamente a uma estratégia, "essa é a questão de fundo", considerou. José Eduardo Moniz rejeitou a ideia de se pressionar o poder político sobre esta matéria, lembrando que os governos são transitórios.
Nuno Artur Silva defendeu a importância do serviço público e apontou que se a RTP "saísse de cena deixaria de haver produção regular de documentários e séries", entre outros formatos, algo que "os outros canais privados não poderão fazer", já que estão focados nas receitas publicitárias.
Sobre a publicidade, José Eduardo Moniz defendeu a necessidade de se pensar "de forma diferente" e apontou que a "própria publicidade em Portugal não sabe vender-se", pelo que o problema não são os operadores. Já Nuno Artur Silva considerou que a oferta televisiva em Portugal "é muito pobre", comparativamente a outros mercados europeus.
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