Em comunicado, a Administração da empresa invoca dificuldades na viabilidade financeira do jornal e a necessidade de reduzir custos no âmbito de uma reestruturação que implicará o fim da revista de Domingo, já a partir do mês de Janeiro.

Não é a primeira vez que o Publico se confronta com uma vaga de rescisões e despedimentos, com base nas mesmas dificuldades que, há algum tempo, são vividas por aquele periódico.

Recorde-se que, de acordo com os dados mais recentes da APCT, a média de circulação do Publico situava-se, entre Janeiro a Agosto nos 20.870 exemplares, perdendo cerca de 3,21% comparativamente ao mesmo período no ano anterior.

Na carta enviada pela Administração aos jornalistas e outros trabalhadores, além da invocada situação financeira, propõe-se que “para o efeito e num primeiro momento, convidamos os nossos trabalhadores e outros colaboradores a avaliarem e decidirem da oportunidade de cessação da respectiva relação contratual, por acordo e em condições financeiras mais favoráveis do que as previstas na lei”. A administração informa, ainda, que os trabalhadores que queiram rescindir nestas condições poderão fazê-lo até ao próximo dia 6 de Janeiro.  

No entanto, segundo a mesma Administração, a medida pode não ser suficiente não pondo de parte “ a necessidade de recorrer a outras medidas para cumprir o mesmo propósito, caso a execução do plano agora dado a conhecer não atinja dimensão adequada às necessidades de reestruturação”.

Este é mais um episódio do declínio que tem vindo a manifestar-se na venda de jornais, devido à migração de leitores, sobretudo mais jovens, que trocam o suporte papel por outras plataformas multimédia.