Coreógrafa recebe na Gulbenkian Prémio Helena Vaz da Silva
A coreógrafa belga Anne Teresa De Keersmaeker recebe, hoje, em cerimónia na Fundação Calouste Gulbekian, o Prémio Europeu Helena Vaz da Silva para a Divulgação do Património Cultural. Este reconhecimento presta homenagem à contribuição excepcional de Anne Teresa para a disseminação da cultura e dos valores europeus através da dança.
Este prémio europeu, instituído em 2013 pelo Centro Nacional de Cultura (CNC) em cooperação com a Europa Nostra e o Clube Português de Imprensa (CPI) recorda a jornalista, escritora, activista cultural e política portuguesa, Helena Vaz da Silva, bem como a sua contribuição para a divulgação do património cultural e dos ideais europeus.
É atribuído, anualmente, a um cidadão europeu, cuja acção se destaca pela salvaguarda do património cultural, entendido no seu sentido mais amplo.
Este ano, o júri do prémio atribuiu, também, um Reconhecimento Especial à escritora italiana, de origem arménia, Antonia Arslan.
Reagindo à notícia de que tinha sido galardoada, Anne Teresa De Keersmaeker disse estar agradecida ao júri do prémio e a tudo o que a Europa lhe proporcionou.
“Quero agradecer ao Júri ter-me escolhido para o Prémio Europeu Helena Vaz da Silva. A honra é toda minha e evidencia as profundas dívidas que acumulei para com o panorama cultural europeu em geral e para com Lisboa e Portugal em particular”, disse.
Nascida em 1960, Anne Teresa estudou dança na Escola Mudra, em Bruxelas, e na Tisch de Nova Iorque. Em 1980, criou o seu primeiro trabalho coreográfico.
Dois anos depois, estreou “Fase, Four Movements to the Music of Steve Reich” e, em 1983, Anne Teresa estabeleceu a companhia de dança Rosas e criou o espetáculo “Rosas danst Rosas”.
Com a companhia de dança, construiu um vasto conjunto de espectáculos que abordam estruturas musicais e partituras de todas as épocas, da música antiga à contemporânea, passando por expressões populares.
A sua linguagem e prática coreográficas são inspiradas em geometria e em modelos matemáticos, no estudo do mundo natural e em estruturas sociais.
Em 2020, criou uma nova coreografia para o musical “West Side Story”, na Broadway, e começou a trabalhar na peça “Dark Red”, uma série de coreografias pensadas para o espaço de um museu.
Novembro 21
Na atribuição do prémio, os membros do júri recordaram a “contribuição de Anne Teresa De Keersmaeker para a celebração do Património Cultural europeu”, bem como o seu legado enquanto “um ícone da cena cultural europeia”, que se inspira através do “património e das tradições musicais da Europa”, tendo conseguido “difundir este vocabulário autêntico da dança na América e na Ásia”.
O Júri do Prémio decidiu, também, conceder um Reconhecimento Especial à escritora italiana, de origem arménia, Antonia Arslan, pela promoção da "literatura europeia" e defesa das “escritoras italianas” e “cultura e memória do povo arménio”.
“Em resumo, Antonia Arslan tem falado e escrito para milhões de pessoas de todo o mundo sobre a importância do Património Cultural da Europa. O seu trabalho inspirador e empenhado tem tido um imenso impacto não só em Itália, mas também na Europa e em todo o mundo”, disseram.
No histórico desta iniciativa, o escritor italiano Claudio Magris foi o primeiro laureado do Prémio Europeu Helena Vaz da Silva em 2013; o escritor turco e Prémio Nobel da Literatura, Orhan Pamuk, foi distinguido em 2014; o músico catalão Jordi Savall foi premiado em 2015.
Em 2016, o “cartoonista” francês Jean Plantureux, conhecido como Plantu, e o ensaísta português Eduardo Lourenço venceram, “ex aequo”, a quarta edição do prémio. Já em 2017, o cineasta Wim Wenders foi o vencedor.
Em 2018 a vencedora foi a historiadora inglesa Bettany Hughes e, em 2019, a física italiana Fabiola Gianotti.
No ano passado, o Prémio Europeu Helena Vaz da Silva distinguiu o percurso do cardeal José Tolentino Mendonça.
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