Na atribuição do prémio, os membros do júri recordaram a “contribuição de Anne Teresa De Keersmaeker para a celebração do Património Cultural europeu”, bem como o seu legado enquanto “um ícone da cena cultural europeia”, que se inspira através do “património e das tradições musicais da Europa”, tendo conseguido “difundir este vocabulário autêntico da dança na América e na Ásia”.


O Júri do Prémio decidiu, também, conceder um Reconhecimento Especial à escritora italiana, de origem arménia, Antonia Arslan, pela promoção da "literatura europeia" e defesa das “escritoras italianas” e “cultura e memória do povo arménio”.


“Em resumo, Antonia Arslan tem falado e escrito para milhões de pessoas de todo o mundo sobre a importância do Património Cultural da Europa. O seu trabalho inspirador e empenhado tem tido um imenso impacto não só em Itália, mas também na Europa e em todo o mundo”, disseram.


No histórico desta iniciativa, o escritor italiano Claudio Magris foi o primeiro laureado do Prémio Europeu Helena Vaz da Silva em 2013; o escritor turco e Prémio Nobel da Literatura, Orhan Pamuk, foi distinguido em 2014; o músico catalão Jordi Savall foi premiado em 2015.


Em 2016, o “cartoonista” francês Jean Plantureux, conhecido como Plantu, e o ensaísta português Eduardo Lourenço venceram, “ex aequo”, a quarta edição do prémio. Já em 2017, o cineasta Wim Wenders foi o vencedor. 


Em 2018 a vencedora foi a historiadora inglesa Bettany Hughes e, em 2019, a física italiana Fabiola Gianotti.


No ano passado, o Prémio Europeu Helena Vaz da Silva distinguiu o percurso do cardeal José Tolentino Mendonça.