Muitas coisas aconteceram desde 1998, data do 3º Congresso. Como descreve a notícia do Público, os jornalistas reúnem-se para debater a situação presente, “abalados por uma crise de identidade, que deslocou a ênfase na produção das notícias para a distribuição na Internet”.

 

Os novos meios tecnológicos tornaram a comunicação mais instantânea, o que não se revelou, automaticamente, uma boa notícia para o ofício de fazer e divulgar notícias. O que veio a seguir foi o desmantelamento das grandes redacções dos jornais impressos, o despedimento de muitos profissionais, o fecho de muitos títulos, a adaptação a uma estrutura mista entre o papel e o digital e o surgimento dos primeiros jornais cem por cento “nativos” digitais. E agora a leitura em monitores pequenos, de telemóveis, com as suas exigências específicas.

 

No mesmo jornal que citamos, Joaquim Fidalgo, jornalista e professor da Universidade do Minho, contou a um amigo que irá estar num painel a falar de ética e o amigo espantou-se: ‘O Titanic a afundar e tu a tocar violino!’.

‘Isto está a ir abaixo porque está a haver uma misturada’, entende aquele fundador do Público. Há os blogues, as redes sociais, os comentários em cima da informação, os conteúdos patrocinados. ‘É preciso separar as águas’, adverte. ‘Sucedâneos de jornalismo não são jornalismo. Não pelo rótulo, mas pela substância.’ O jornalismo exige saber. E atenção, ética e deontologia”.

 

Entre os convidados especiais vindos de fora, contam-se Michael Rezendes, o luso-americano que pertenceu à equipa do Spotlight, Nic Newman, investigador do Reuters Institute, Madhav Chinnappa, da Google, e Walter Dean, Director Pedagógico do Committee of Concerned Journalists.