Media
Comunidade asiática menos representada no sector mediático dos EUA
Segundo um relatório da Asian American Journalists Association (AAJA), falta representação de repórteres e outros jornalistas ásio-americanos nos EUA.
Archith Seshadri, um jornalista americano de ascendência indiana, admitiu que a diversidade no sector mediático é importante por vários motivos, sendo, um deles, o efeito que esta tem no próprio público.
No entanto, Seshadri, que é agora chefe de escritório do Nexstar Media Group, em Atlanta, é a excepção, sendo “o único repórter ásio-americano na empresa, até mesmo nos bastidores”.
Um novo relatório realizado pela AAJA veio reforçar este fenómeno, revelando que, nos 20 principais mercados de TV, quase 25% das estações locais não têm nenhum repórter ásio-americano e das ilhas do Pacífico (AAPI).
Esta amostra foi baseada em 94 estações e obtida a partir da “comparação da percentagem dos membros AAPI da equipa com a demográfica das comunidades locais”, concluindo que “mais de 70% não têm qualquer membro AAPI a representar a sua comunidade em directo”.
Além destes resultados, o relatório revelou, igualmente, uma generalizada ausência de resposta da maioria das redacções, verificando-se que apenas sete das 94 estações responderam.
A directora de programas e parcerias da AAJA Broadcast Snapshot Project, Waliya Lari, admitiu que a falta de resposta foi surpreendente, tendo em conta que muitas das redacções em questão afirmam que “a diversidade e a representação são importantes”.
Dezembro 22
Este não foi, no entanto, o primeiro relatório a enfrentar a dificuldade de contacto, observando-se que “outras pesquisas de diversidade jornalística – principalmente o estudo anual da News Leaders Association para pesquisar veículos impressos e digitais – enfrentaram problemas semelhantes”, obtendo percentagens de participação da ordem dos 10%.
O relatório da AAJA baseou-se no “desejo do grupo de ser mais proativo no avanço da equidade, diversidade e representação nas notícias”, com o objectivo de ser um contributo para resolver problemas que ainda não foram identificados.
No entanto, “as redacções e as organizações de notícias não pareceram interessadas em comunicar os dados relacionados com a diversidade da sua empresa”, o que constitui um dos maiores obstáculos para a equipa da AAJA.
