Na sua qualidade de presidente da FAPE, Elza González recordou que o Código Deontológico  - que foi modificado, em 2017, para ser adaptado ao jornalismo digital  - é assumido por 49 associações federadas, 19 associadas e sete escolas profissionais, abarcando um total de cerca de vinte mil jornalistas. Para zelar pelo seu cumprimento existe a Comissão de Arbitragem, Queixas e Deontologia do Jornalismo, órgão de auto-regulação ao serviço da sociedade, que não sanciona nem fecha meios de comunicação. 

Referiu-se também à proposta feita pela FAPE para que seja introduzida no ensino secundário em Espanha uma disciplina de formação sobre os meios de comunicação, que foi bem aceite pelos principais partidos políticos, os quais, em encontros com a FAPE, se mostraram dispostos a debatê-la no futuro Pacto por la Educación

E insistiu na necessidade de apostar em mais formação ética nas Faculdades de Comunicação, estabelecendo uma disciplina obrigatória específica, essencial para profissionais “a quem é muitíssimo difícil fixar limites, a quem não se pode marcar por onde têm de se mover”. 

Presente na mesma sessão, Rafael de Mendizábal, presidente da Comissão de Arbitragem, Queixas e Deontologia do Jornalismo, manifestou a sua preocupação pelo enfraquecimento ou desaparecimento das cadeiras de Deontologia do Jornalismo, afirmando que todo o esforço dos jovens que frequentam estes cursos terá sido em vão se os seus textos e imagens “não forem temperados pelo sal do bem”. 

Quanto ao trabalho da Comissão a que preside, explicou que exige a auto-regulação “porque a Lei é sempre limitadora”:

“A Imprensa não precisa de uma Lei ordenadora, só é preciso que respeite o ordenamento jurídico, que não cometa delitos” – afirmou. O seu objectivo é “conseguir o equilíbrio entre uma Imprensa absolutamente livre e uma Imprensa éticamente correcta, que é o que temos vindo a fazer”. 

 

Mais informação nos sites da APM  e da FAPE.  O Código Deontológico desta Federação.