O tema não é simples nem pacífico, dados os bons e maus usos que se podem atribuir a um veículo capaz de se dirigir até às nossas portas para fazer uma entrega. A Amazon e outras empresas interessadas na entrega ao domicílio continuam a debater com as autoridades competentes o que pode e não ser autorizado mas, no caso do jornalismo, os regulamentos da FAA – Federal Aviation Administration foram aprovados em Junho e entram agora em vigor, prevendo-se o surgimento de muitos foto-jornalistas com credenciais para operar drones de imagem. 

O artigo que citamos conta a história deste processo no interior da CNN, cujo director da delegação em Washington, Sam Feist, ele próprio um entusiasta da aviação, viu desde o início o potencial deste desenvolvimento tecnológico e motivou a empresa nesse sentido. 

Greg Agvent, o director sénior de operações de reportagem da CNN, conta as primeiras experiências já realizadas, como a cobertura das Convenções dos Partidos Republicano em Cleveland e Democrata em Filadélfia, e avalia deste modo aquilo em que os drones de reportagem podem ser úteis: revelar visualmente o contexto do acontecimento no seu meio circundante, melhorar a qualidade da emissão realizada e realizar documentários como experiências de escalada de rochas, ou o acompanhamento de uma manada de bisontes, por exemplo. 

“A CNN tem consciência de que, se forem usados de modo impróprio, os drones podem levantar uma celeuma por abuso de privacidade ou outras violações da ética jornalística”  -  afirma Agvent, confiando nos padrões de conduta e na experiência da CNN para tomar as decisões apropriadas:

“A CNN está por cá há 35 anos” – disse. “Temos um sistema bastante robusto para lidar com questões éticas e de privacidade numa base diária, independentemente da tecnologia que estamos a usar. Esta é mais uma ferramenta na nossa caixa de ferramentas.” 

O artigo citado, no site Poynter.org.

A reportagem anterior pode ser procurada em Pesquisar, com o título “Drones ao serviço do fotojornalismo regulamentados nos EUA”