Tinha outro motivo de orgulho. Como conta a reportagem do Público, que aqui citamos, “o Vendedores de Jornais Futebol Clube teve como presidente o Almirante Gago Coutinho que, além de geógrafo, cartógrafo, oficial da Marinha Portuguesa e historiador, foi o navegador que, em conjunto com Sacadura Cabral, realizou a primeira travessia aérea do Atlântico Sul, mais precisamente entre Lisboa e o Rio de Janeiro”. 

“Era no primeiro andar do clube que se encontrava um espaço que ainda guardava objectos que marcaram a história do VJFC. Do Almirante ainda se preservava a bengala, alguns objectos pessoais, como as penas com que escrevia, e o diário que manteve enquanto realizava a travessia.” 

Com o fecho das instalações, temeu-se pelo destino dos bens da associação, que, “para além do acervo relacionado com Gago Coutinho, incluíam as dezenas de taças que forravam as paredes do andar de cima e que o VJFC foi ganhando ao longo dos anos, principalmente em torneios desportivos. Dessa colecção de troféus fazia também parte a Taça Rainha das marchas populares, atribuída ao Clube por ter vencido de forma consecutiva as marchas de Santo António entre 1964 e 1966”. 

Eduardo Fidalgo, actual responsável pelo Clube, “garante que o espólio mais importante foi entregue à Junta de Freguesia [da Estrela], mas que muitas das taças ainda se encontram no espaço ‘à espera de serem deitadas ao lixo’, e acrescenta que não está nos seus planos voltar a reabrir o Vendedores de Jornais Futebol Clube, mesmo que numa outra localização na cidade de Lisboa, como foi proposto por vários partidos à Assembleia Municipal em Junho, ainda quando se lutava para que o espaço não fechasse”.

 

 

Mais informação  no Público,  cuja imagem também incluimos. E uma evocação dos antigos jornais, com imagem dos ardinas dos anos 60