China reforça perseguição a jornalistas estrangeiros
O jornalista da BBC John Sudworth saiu da China e mudou-se para o Taiwan, devido à pressão exercida pelas autoridades locais.
De acordo com a BBC, Sudworth foi alvo de diversas ameaças, na sequência da publicação de reportagens sobre a situação dos muçulamanos Uighur na China.
Sudworth revelou que foi acompanhado pelas autoridades até ao aeroporto, onde embarcou para o Taiwan, juntamente com a sua família.
Além disso, o correspondente da BBC afirmou que, nos últimos meses, a sua equipa de reportagem começou a ser vigiada.
O jornalista pretende, agora, continuar a reportar sobre a China, a partir de Taiwan.
O Clube de Correspondentes Estrangeiros da China (FCCC na sigla inglesa) manifestou-se, entretanto, preocupado com a situação, já que Sudworth terá saído do país sem aviso prévio.
“Sudworth saiu [da China] após ser alvo de ataques pessoais e de afirmação difamatórias, partilhadas por ‘media’ chineses e organizações oficiais do governo”, disse o FCCC em comunicado.
De acordo com o FCCC este é apenas um exemplo de “assédio e intimidação que restringe o trabalho de correspondentes estrangeiros”.
O Partido Comunista chinês classificou, por sua vez, o trabalho de Sudworth como “tendencioso”.A BBC afirmou, entretanto, que “o trabalho de Sudworth expôs verdades” inconvenientes para as autoridades chinesas”.
Abril 21
Recorde-se que, nos últimos anos, o governo chinês tem vindo a reforçar as restrições ao trabalho jornalístico independente.
Aliás, no início do ano, a Administração Chinesa para a Rádio e Televisão -- responsável pela regulação dos “media” -- retirou a licença de emissão à BBC World News, alegando que a emissora havia violado os interesses de Pequim.
A China encontra-se em 177º lugar no Índice de Liberdade de Imprensa dos Repórteres sem Fronteiras, num total de 180 países.
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