“O dia 7 de Janeiro de 2015 é a data vermelha de sangue que separa duas vidas”  - afirma. “É normal, para um jornal de um país democrático, que mais de um exemplar em cada dois vendidos em quiosque sirva para financiar a segurança da sede e dos jornalistas que lá trabalham?” 

O volume de negócios do jornal caíu para 19,4 milhões de euros em 2016, depois de um recorde em 2015, quando chegou a mais de 60 milhões de euros. 

Segundo Le Monde, que aqui citamos, “tudo mudou há três anos quando dois homens armados, Saïd e Chérif Kouachi, mataram onze pessoas na sede parisiense do semanário satírico. Era o princípio de uma série de ataques jihadistas sem precedentes em França, que fez, a seguir, 241 mortos”. 

Entre as vítimas contam-se figuras emblemáticas do jornal, como Cabu, Wolinski, Honoré, Tignous, o ex-chefe da redacção Charb, o economista Bernard Maris. 

“O dia 7 de Janeiro de 2015 lançou-nos num mundo novo, feito de polícias armados, de barreiras e portas blindadas, de medo, de morte. E isto em plena Paris, isto em condições que não honram a República francesa. E rimo-nos, apesar disso? Sim”  -  escreve o jornalista Fabrice Nicolino num longo relato intitulado “O que estes três anos realmente mudaram”. 

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