A Fundação Gabo atribuiu o Reconhecimento de Excelência do Prémio Gabo ao “cartoonista” Pedro X. Molina, pelo seu contributo para a defesa da imprensa livre e da liberdade de expressão.
Conforme recordou a Fundação Gabo, Pedro X. Molina está a ser perseguido pelo governo do seu país, a Nicarágua, por publicar “cartoons” incómodos para o regime de Daniel Ortega.
Por isso mesmo, o “cartoonista” foi obrigado a radicar-se nos Estados Unidos, onde continua a publicar desenhos críticos do governo nicaraguense e a denunciar as injustiças sociais.
Pedro X. Molina entrou, pela primeira vez, em contacto com os “cartoons” e com a sátira jornalística quando tinha apenas cinco anos, graças aos jornais que o pai comprava.
Assim, em 1990, quando tinha 16 anos, decidiu enveredar por um percurso profissional no jornalismo satírico, nas publicações “Barricada e “La Tribuna”.
Mesmo nessa época, recordou X. Molina em entrevista para a Fundação Gabo, o governo impunha diversas restrições à imprensa, e o encerramento forçado de redacções era uma prática comum.
Mais tarde, em 1998, X. Molina juntou-se ao “Nuevo Diario”, um jornal de esquerda, que queria apostar na sátira e nos “cartoons”.
No entanto, em 2007, com o regresso de Daniel Ortega ao poder, foram introduzidas novas medidas repressivas à imprensa, ficando estabelecido que nenhum membro do governo poderia conceder entrevistas a profissionais dos “media”.
Por esta altura, Pedro X. Molina optou por deixar de colaborar como o “Nuevo Diario”.
Outubro 21
Assim, entre 2008 e 2018, o “cartoonista” passou a publicar os seus trabalhos no “Confidencial”, onde se estabeleceu como um dos principais defensores da liberdade de imprensa no país, quer através dos seus desenhos satíricos, quer pelos seus ‘posts’ nas redes sociais.
Em 2018, a redacção “El Confidencial” foi encerrada pelas autoridades, e os seus colaboradores foram forçados a sair do país. Desde então, X. Molina vive nos Estados Unidos.
“Se eu tivesse ficado na Nicarágua teria de estar em silêncio. Qualquer coisa que eu dissesse seria pretexto suficiente para me deterem. Isso não é uma opção para mim”, disse à Fundação Gabo.
Além disso, o “cartoonista” considera que, através do seu trabalho e do humor, tem conseguido “expor as mentiras que os políticos querem vender”.
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