Carta aberta critica presidente da API no Congresso da WAN
Assinada por vários nomes dos media, incluindo as portuguesas Catarina Carvalho, directora executiva do Diário de Notícias, e Mariana Santos, fundadora da plataforma ChicasPoderosas, acrescenta-se: “Já chega de ceder aos egos de homens influentes que resistem à mudança, na esperança de que a nossa liderança gentil os encoraje a juntarem-se a nós, nos meandros da igualdade de género no negócio mediático. O tempo acabou, de uma vez por todas”.
O episódio que envolve João Palmeiro é relatado ao pormenor, incluindo os pedidos de desculpa da WAN-IFRA, que organizou a conferência, e os comentários de Maria Belém, uma das mulheres que subiram ao palco e que acabou por beijar o presidente da Associação Portuguesa de Imprensa: ‘Não somos anjos e não trabalhamos para Charlie. Somos profissionais a trabalhar pela liberdade de imprensa e por um ecossistema mediático mais saudável’, escreveu, horas mais tarde, numa mensagem na aplicação da conferência.” (...)
João Palmeiro pediu desculpa no último dia do Congresso, defendendo-se – é parte da “cultura portuguesa”, justificou:
“Suspeito que não estejam cientes das minhas actividades de defesa de causas como a igualdade de género, raça ou orientação sexual, que mostram muito claramente que o que se passou no jantar foi, no que diz respeito às minhas acções, um momento infeliz de menos atenção por parte de uma pessoa e não uma afirmação de uma ideologia ou de comportamento desrespeitoso de uma organização ou sector de actividade” - acrescentou, quando contactado pelo NiemanLab.