Autoridades russas restringem manifestações de jornalistas
A liberdade de expressão e de imprensa continuam a ser restringidas na Rússia, onde foram detidos dezenas jornalistas, por participarem em manifestações pacíficas, em solidariedade com os colegas processados pelas autoridades, denunciou a organização não-governamental Human Rights Watch (HRW).
Na maioria dos casos, a polícia invocou regras sobre reuniões públicas e de saúde, introduzidas para prevenir a propagação da covid-19, como fundamento para a detenção.
“Os repórteres independentes na Rússia têm estado à mercê de ataques durante anos, com os recentes processos penais a elevar a repressão a um novo nível”, afirmou Damelya Aitkhozhina, investigadora russa da Human Rights Watch, em comunicado da organização.
“Os profissionais têm todos os motivos para protestar pacificamente contra a repressão, e as autoridades têm a obrigação de permitir que o façam em segurança -- continuou -- Em vez disso, detiveram manifestantes pacíficos, ao abrigo de regras abusivas e restritivas sobre direito de reunião, a pretexto de proteger a saúde pública, expondo-os ao risco de infecção sob custódia”.
Julho 20
Em 3 de Julho, 17 jornalistas foram detidos em frente ao edifício do Serviço Federal de Segurança (FSB) em Moscovo, enquanto se manifestavam contra a detenção da repórter Svetlana Prokopyeva.
No dia seguinte, mais dois jornalistas foram detidos em Pskov, onde Prokopyeva estava a ser julgada.
Já em 7 de Julho, 28 jornalistas e manifestantes foram detidos no mesmo local, durante um protesto contra as acusações de traição feitas a Ivan Safronov, conselheiro da Roskosmos, a agência espacial russa, e antigo jornalista da “Kommersant”.
“Nos três casos, os manifestantes distanciaram-se uns dos outros, realizando o que é conhecido na Rússia como ‘piquetes de uma só pessoa'”, salientou a Human Rights Watch.
A organização expressou, ainda, preocupação com a saúde dos jornalistas, levados em autocarros da polícia, sem condições de distanciamento social.
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