A repórter apresentou-se às autoridades e mostrou documentos que comprovavam a legalidade da posse do portátil, telemóvel e outros objectos confiscados. Os agentes recusaram os comprovativos e coagiram Hernández a acompanhá-los ao Ministério da Comunicação, onde foi acusada de disseminar “informação que viola os interesses sociais e morais da sociedade”. 

O CPJ  – Comité para a Protecção dos Jornalistas, apelou às autoridades para que retirassem as acusações, reiterando que “ trabalhar para um meio independente e possuir equipamentos electrónicos não constitui um crime”.

O site “CiberCuba” está bloqueado no país e os leitores só podem aceder às reportagens através das redes sociais. Hernández é colaboradora daquele “media” desde Dezembro de 2018 e já escreveu peças sobre crime e corrupção. 

Cuba integra uma lista de 10 países, elaborada pelo CPJ, onde a censura é exercida de uma forma intransigente.