A polícia anti-terrorista iniciou investigações. Não havendo ainda qualquer reivindicação de autoria, a semelhança de procedimento sugere  - segundo peritos aqui citados por Le Monde e The Guardian -  a possível intervenção de um movimento de extrema-esquerda, o Grupo dos Combatentes Populares, que já assumiu pelo menos cinco atentados semelhantes desde a sua fundação em 2013. 

O edifício agora visado é a sede da radiotelevisão Skai, incluída num grupo de media propriedade da família de armadores Alafouzos, que detém igualmente o jornal de centro-direita Kathimerini, crítico do governo em funções. 

Segundo Le Monde, que aqui citamos, “atentados contra estações de radiotelevisão, bancos, estabelecimentos públicos ou representações diplomáticas são frequentes na Grécia desde há anos, sendo imputados a grupos anarquistas ou de extrema-esquerda”. 

A própria estação Skai declarou, em comunicado, que tinha advertido as autoridades de que estava a receber ameaças, mas que esses avisos não foram tomados a sério. 

Este ataque contra a Skai é “um atentado de poderes cobardes e obscuros contra a democracia”  - declarou Alexis Tsipras. O chefe do governo de coligação, dirigido pelo partido de esquerda Syriza e pelo pequeno partido soberanista de direita Anel - Gregos Independentes, declarou “o seu apoio sincero aos jornalistas e a todos quantos trabalham na estação”. 

Também Kyriakos Mitsotakis, chefe do partido de direita Nova Democracia, o principal partido de oposição, esteve no local para exprimir o seu “apoio aos trabalhadores”. 

“A democracia e o pluralismo não podem ser amordaçados”  - declarou.

 

 

Mais informação em Le Monde  e The Guardian, bem como no site da IFJ