O jornalismo “freelancer” é uma tendência crescente nos “media”, mas pode ser uma vertente, particularmente, precária da profissão. Regra geral, esses repórteres trabalham sozinhos, e desconhecem as tarifas, normalmente, praticadas pelos “media”. Os pedidos de reportagem são escassos e os “freelancers” têm de se contentar, não poucas vezes, com pagamentos baixos.
Assim, os sindicatos de jornalistas começaram a incentivar a partilha das tarifas praticadas, para que o jornalismo “freelance” se torne mais competitivo e, acima de tudo, mais justo.
Nos Estados Unidos, estão, agora, a aparecer as primeiras associações profissionais para jornalistas e escritores independentes: na Primavera de 2018, o NWU -- Sindicato Nacional dos Escritores, lançou o Projeto Solidariedade Freelance, e no ano passado, o IWW -- Industrial Workers of the World (IWW) criou a FJU. Cada uma destas entidades incentiva os profissionais a divulgar o montante que lhes é oferecido, e ajuda a difundir esses números a uma escala internacional.
Março 20
Os jornalistas estão, agora, a partilhar informações sobre o perfil “cachets”, quer através de bases de dados privadas, quer através de “websites” pensados para o combate à precariedade no sector. Mas a turbulência na indústria está a tornar essa tendência perigosa para os “freelancers”: as redacções despediram milhares de colaboradores, no ano passado, e um relatório do Pew Research Center descobriu que o emprego nas redacções tinha caído 25% entre 2008 e 2018.
Os “freelancers” temem, assim, retaliações, por parte dos editores, que começam a recusar colaborações com jornalistas que tenham revelado as taxas de pagamento exercidas.
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