Segundo Mello, estas acções de desinformação são prejudiciais para o jornalismo, porque deslegitimam a imprensa crítica, e os repórteres. Assim, é importante que os profissionais não interajam com os ataques, para não “alimentarem o troll”. 


Por outro lado, a jornalista considera que estes ataques têm, muitas vezes, um cariz machista. “Uma boa maneira de descobrir isso é ler as críticas feitas a jornalistas mulheres nas redes sociais. São sempre comentários que se referem à aparência, à família. Raramente há uma crítica construtiva, ao conteúdo do trabalho. Essa é uma forma de machismo, e funciona como um desestímulo para jornalistas mulheres. Elas temem ataques às suas famílias e reputação quando fazem investigações, que desagradam a políticos.”


Assim, a autora reitera que a única maneira de combater a desinformação é “com boa informação (...) Tentar fazer com que reportagens -- com espaço para o contraditório, verificação de factos e investigação -- viralizem tanto quanto notícias falsas ou distorcidas”.


Leia o artigo original em “Observatório da Imprensa”