Arábia Saudita quer expandir-se nos EUA em jornalismo digital
A Arábia Saudita vai lançar um novo projecto de jornalismo digital, que contará com um estúdio em Washington D.C, noticiou o “site” CNBC.
De acordo com a CNBC, esta nova aposta noticiosa surge numa altura em que os sauditas estão a tentar aumentar a sua influência nos Estados Unidos, aproximando-se dos congressistas e de outros membros do governo.
Além disso, a mesma fonte afirma que o projecto está a ser apoiado por uma subsidiária da Saudi Technology Development and Investment Co (Taqnia), uma empresa pertencente ao Fundo de Investimento Público (PIF) do reino saudita. (O conselho executivo do PIF conta com vários membros da família real, incluindo o príncipe herdeiro).
Os documentos a que a CNBC teve acesso revelam, ainda, que esta iniciativa noticiosa está a ser lançada com o auxílio do Grupo Prime Time Media, que terá recebido cerca de 1,6 milhões de dólares.
O CEO da Prime Time Media, Elie Nakouzi, confirmou a sua participação no novo projecto.
“A Taqnia planeia lançar uma plataforma internacional até ao final deste ano”, confirmou Nakouzi, via “e-mail”. “O estúdio em Washington D.C está totalmente equipado para as nossas necessidades futuras”.
De acordo com a Freedom House, a Arábia Saudita é um país não livre, onde o governo controla a grande maioria dos “media” e exerce influência sobre a imprensa regional e local.
Julho 21
Além disso, em 2011, a família real ilegalizou quaisquer críticas dos “media” aos membros do governo ou do Conselho Religioso.
Perante este panorama, os Repórteres sem Fronteiras (RSF) incluíram o príncipe herdeiro, Mohamed Bin Salman, na lista de predadores da liberdade de imprensa.
A Arábia Saudita encontra-se em 170º lugar no Índice de Liberdade de Imprensa dos RSF, que avalia 180 países.
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