Segundo o texto que citamos, de Miguel Ossorio Vega, em Media-tics, os rumores começaram há meses, quando a Bloomberg falou da compra da aplicação Texture como possível primeiro passo para criar um pacote de assinatura de revistas. 

Notícia posterior, em The Information, sugeria que isto podia estar envolvido em algo muito maior, “prestando-se à criação de sinergias com a Apple Music e com os conteúdos de televisão, incluindo filmes e séries, que a companhia prepara”. 

“Embora a Apple nunca tenha confirmado que está a trabalhar neste pacote inovador, os media não deixaram de especular sobre o assunto. Principalmente porque a empresa continua a tomar posições... e está a fazer testes que apontam nesta direcção.” 

“Foram recentemente publicadas imagens do suposto interface deste serviço, que funcionaria em iOS 12.2. Nelas se pode ler Apple News Magazines como nome do mesmo serviço, associado à conta de iTunes do utente. É ainda referido um pacote de assinatura, demonstrando que podem existir diversas opções, talvez segundo a quantidade de conteúdos a que cada pessoa deseje ter acesso.” 

“Nas imagens colhidas vêem-se ainda alguns títulos, como Vogue, Shape e Bon Appétit  - com as quais teria chegado a acordos para integrarem os seus conteúdos na plataforma em troco de uma percentagem das quotas pagas pelos utentes, como acontece com outros conteúdos.” (...) 

Alguns media adiantam que talvez em Março já possamos ter alguma notícia de relevo, “tendo em conta que estas imagens mostram um produto bastante avançado”. 

Miguel Ossorio Vega conclui reflectindo sobre as opções dos media: ou aderirem a esta grande assinatura, “deixando novamente em mãos de terceiros a rentabilidade do seu negócio”;  ou insistirem nas paywalls, como estão a fazer em Espanha, mas ficando com dúvidas sobre a quantidade de títulos que os leitores estarão dispostos a assinar, habituados como estão a plataformas que juntem várias coisas num mesmo preço;  ou se, finalmente, esta espécie de Netflix dos media não deveria ser de facto uma realidade, mas liderada pelos próprios media, “juntando forças, tecnologia, talento e investimentos” num projecto comum para sua sobrevivência. (...)

 

O artigo aqui citado, na íntegra em Media-tics