No Iraque, as acções de restrição da liberdade de imprensa estão a tornar-se cada vez mais implacáveis, agora que o Governo está a suspender a licença de agências noticiosas internacionais.
A Reuters foi proibida de cobrir os eventos do país, durante três meses, na sequência da publicação de um artigo que alegava que o número de infectados pelo novo coronavírus era mais alto do que aquele que constava nos dados oficiais do Governo.
Da mesma forma, o regulador da comunicação social multou a agência em 21 mil dólares, por considerar que esta violou "regras" , pondo em causa a “saúde e segurança da sociedade”. A empresa noticiosa deverá, ainda, emitir um pedido formal de desculpas.
A Reuters lamentou a decisão das autoridades iraquianas e garantiu a veracidade da história publicada. "Estamos a tentar resolver a questão e a trabalhar para garantir que continuamos a dar notícias fiáveis sobre o Iraque", afirmou a agência noticiosa numa declaração.
Abril 20
O artigo em causa, publicado em 2 de Abril, citava três médicos envolvidos no processo de testes, um funcionário do Ministério da Saúde e um alto funcionário político, afirmando que o Iraque tinha milhares de casos confirmados de Covid-19. À data, o Governo tinha denunciado a contaminação de apenas 772 cidadãos.
Questionado sobre a suspensão da Reuters, numa entrevista concedida à jornalista Christiane Amanpour, o Presidente iraquiano, Barham Salih, afirmou que se trata de uma "decisão lamentável" tomada por uma comissão independente do Governo.
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