O anúncio foi feito pela editora-chefe da Time, Nancy Gibbs, que  explica que esta é a escolha da 90º capa da revista, enquanto refere que o desafio que Trump enfrenta agora é o de uma profunda divisão do país. E, pergunta: “É para o bem ou para o mal?”.

A Time explica, ainda, que, para quem é a favor de Trump, a sua vitória eleitoral representa “uma advertência à atitude arrogante da classe governante”.

Por outro lado, para quem se opõe, o presidente eleito representa uma ruptura com as normas instaladas e o seu discurso revela “uma política envenenada pelas  suas opiniões racistas e sexuais”, que “inspira medo”.

“Nunca se viu uma pessoa que se  tenha destacado - no mundo político dos EUA – de forma tão pouco convencional”, acrescentou Gibbs no programa Today, emitido em Nova Iorque.

Nancy Gibbs explica, ainda,  que  a Time escolheu o magnata nova-iorquino, entre outros motivos, pela sua capacidade para “dar voz a um eleitorado oculto, divulgando os seus medos”.

E acrescenta, que durante a campanha ele foi capaz de criar uma nova “cultura política”, “destruindo” a que existia até agora.

Trump sucede à chanceler alemã Angela Merkel como Personalidade do Ano da Time. No ano passado, Trump atacou a eleição de Merkel no Twitter, dizendo que: “ a Time nunca me escolheria como personalidade do ano, apesar de ser o grande favorito. Escolheu uma pessoa que está arruinando a Alemanha”.

A revista divulgou ,também,  uma lista de finalistas na qual figuram, entre outros nomes, o de Hillary Clinton, rival de Trump nas recentes eleições presidenciais. Além disso, aparecem a cantora Beyoncé, os cientistas que descobriram a técnica de modificação genética CRISPR, e o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan.

 

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