No seu recente comunicado, “Construindo uma comunidade global”, Mark Zuckerberg garante que “as redes sociais já proporcionam mais pontos de vista do que jamais conseguiram os meios tradicionais”, sobretudo quando as pessoas vão sempre aos mesmos jornais e canais de televisão para se informarem. Mas tem consciência de que se corre o risco de divulgar informações inexactas ou mesmo falsas, que devem ser proscritas. 

O texto de Media-tics descreve a relação de descrença ou mesmo desconfiança dos media quanto a quem ganha, economicamente, neste processo  - citando o relatório da Digital Content Next, de Janeiro de 2017 (cujo link inclui). Recorda também a intervenção do ministro alemão da Justiça, Heiko Maas, junto das autoridades europeias, em Novembro de 2016, propondo que o Facebook seja tratado como um meio de comunicação, passando a ficar sujeito à legislação que regula a Imprensa, e assim a ser responsabilizado pelos conteúdos que divulga. 

No seu mais recente relatório sobre a actividade dos media, também o observatório francês Acrimed  critica a “pretensa luta contra as fakenews” concertada entre Google e Facebook para as próximas eleições em França, citando uma reportagem de Arrêt sur images. Segundo este trabalho, seriam soluções um tanto improvisadas e realizadas com poucos meios: “concretamente, serão estudantes de jornalismo a verificar se uma informação é ‘falsa’ ou ‘verdadeira’, pedindo colaboração aos internautas, que vão enviar um artigo sempre que tiverem dúvidas quanto à sua veracidade”.

 

Mais informação no site da APM, com a qual mantemos um acordo de parceria, e no Acrimed