Mas nem só o caso francês será tratado. A questão da representatividade actual dos media, que não tem fronteiras, vai animar o Kiosque International, sob o título abrangente de “Uma Imprensa internacional desorientada”. Serão oradores principais Richard Werly, de Le Temps, Sébastien Hervieu, do Courrier International, e Marc Bassets, de El País, estando ainda presentes jornalistas de La Repubblica, The Guardian, The New York Times, Le Soir e Süddeutsche Zeitung

Como conta Le Monde, que aqui citamos, os três dias do Festival, “destinado ao grande público, vão ter como remate, no domingo, o ‘verdadeiro-falso processo do jornalismo’, com uma ‘audiência’ organizada na praça central de Couthures  - com magistrados autênticos e também verdadeiros jornalistas -  em cuja conclusão os participantes poderão pronunciar-se sobre a responsabilidade dos media.”  (...) 

Ainda neste contexto de “tribunal”: um outro dos sete grandes temas propostos, tendo como título  “Os jornalistas estão acima das leis?”, vai ter como intervenientes principais o magistrado Philippe Bilger, o advogado William Bourdon, os ex-ministros Rachida Dati e Jean-François Copé, as jornalistas Violette Lazard (de L’Obs) e Elise Vincent (de Le Monde), em debate animado por Gérard Davet e Fabrice Lhomme. 

O sétimo tema, concebido e animado por Pierre Haski, presidente dos Réporters sans Frontières, é dedicado à Tunísia  - “a única das Primaveras Árabes que continua a sua transição democrática” -  embora na frustração de milhões de tunisinos, que “continuam à espera dos frutos económicos e sociais do fim da ditadura”. 

“Quando jornalistas e escritores trocam os seus papéis” é outro dos sete temas propostos, havendo ainda um sobre a crise ecológica, outro sobre as questões de género e ainda outro sobre o Ensino e a escola francesa. 

Haverá projecção de documentários na Igreja de Couthures, em parceria com a France 3 Nouvelle-Aquitaine e a revista Far Ouest, geralmente estando presentes os seus realizadores. 

A Radio Campus e a Radio Parleur, também em parceria com o Festival, vão animar uma “casa da rádio” de onde será transmitida a WebRadio do evento, enquanto o jornal regional Sud Ouest vai receber um convidado por dia, à hora do aperitivo de antes do jantar. 

Por falar em comida, os produtores locais vão estar presentes com tudo o que a região tem que se coma e que se beba. Le Monde promete um Festival de assuntos sérios, como se vê pelo programa, mas de “ambiente convivial e festivo”, como é próprio de um autêntico Festival de Verão.

 

Mais informação em Le Monde  e no Programa do Festival