A Global Editors Network (GEN) – associação mundial de editores-chefes e executivos seniores de notícias – anunciou que cessará suas actividades, nove anos após a sua fundação, por falta de financiamento sustentável.
A GEN tinha sido criada em 2011, como uma ONG independente, com o objectivo de auxiliar os media a lidarem com as alterações devido às tecnologias, facilitar a colaboração, promover a inovação e, ainda, apoiar modelos de negócios sustentáveis.
O financiamento da associação tinha origem em plataformas, fundações e organizações de notícias, bem como a venda de ingressos para o GEN Summit, o principal evento anual da organização.
A GEN tentou manter a sua independência financeira e editorial, através de várias fontes de financiamento, contudo, nos últimos anos tornou-se cada vez mais difícil manter o equilíbrio entre as fontes de financiamento e diversificá-las ainda mais.
Assim, o conselho da GEN concluiu que essas fontes de financiamento não seriam suficientes para manter a organização."Apesar da decepção do momento, todos os membros do conselho se sentem muito orgulhosos com o que a GEN realizou, desde a promoção de novas startups de notícias até ao apoio a vozes jornalísticas independentes, para celebrar o melhor do jornalismo de dados. Acreditamos que a comunidade de editores que a GEN ajudou a promover continuará a lutar por um futuro melhor para o jornalismo. Estamos muito gratos a todos os apoiantes da GEN", disse Jim Roberts, presidente da organização.
O CEO, Bertrand Pecquerie, assumiu que, apesar de tudo, se encontra optimista sobre o futuro da indústria: "Certamente não quero transmitir uma mensagem de desesperança. Os desafios são imensos, mas as iniciativas novas e criativas são muitas e é importante continuar a lutar por media de notícias independentes e de qualidade", explicou.
Mais informação em Global Editors Network.
O Auditório 3 da Fundação Calouste Gulbenkian acolheu novamente a cerimónia de entrega do Prémio Europeu Helena Vaz da Silva para a Divulgação do Património Cultural, atribuído , este ano, a Fabiola Gianotti, cientista italiana em Física de partículas e primeira mulher nomeada directora-geral do Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (CERN), por ter contribuido para a divulgação da cultura científica de uma forma atractiva e acessível.
Este Prémio Europeu, instituído em 2013 pelo Centro Nacional de Cultura (CNC) em cooperação com a Europa Nostra e o Clube Português de Imprensa (CPI) recorda a jornalista portuguesa, escritora, activista cultural e política (1939 – 2002), e a sua notável contribuição para a divulgação do património cultural e dos ideais europeus.
É atribuído anualmente a um cidadão europeu, cuja carreira se tenha distinguido pela difusão, defesa, e promoção do património cultural da Europa, quer através de obras literárias e musicais, quer através de reportagens, artigos, crónicas, fotografias, cartoons, documentários, filmes de ficção e programas de rádio e/ou televisão.
O Prémio conta com o apoio do Ministério da Cultura, da Fundação Calouste Gulbenkian e do Turismo de Portugal.
A China e a Rússia utilizam técnicas de controlo de informação invasivos, desde as comunicações privadas dos cidadãos à censura.
O uso de sistemas tecnológicos autoritários, por actores estatais, com o objectivo de diminuir os direitos humanos fundamentais dos cidadãos é algo que ultrapassa todos os limites.
Valentin Weber, do Programa de Bolsas de Estudo de Controlo de Informações do Fundo Aberto de Tecnologia, decidiu realizar uma análise sistemática dos seus drivers e obteve sintomáti cos resultados.
Através da pesquisa, Valentin descobriu que, até ao momento, mais de cem países compraram, imitaram ou receberam treino em controlo de informação da China e da Rússia.
Verificou, ainda, casos de países cujos objectivos de controlo e monitorização da informação são semelhantes, como a Venezuela, o Egipto e Myanmar.
Na lista surgiram, também, países possivelmente menos suspeitos, nos quais a conectividade se está a expandir, como Sudão, Uganda e Zimbábue; várias democracias ocidentais, como Alemanha, França e Holanda; e até mesmo pequenas nações como Trinidad e Tobago.
“Ao todo, foram detectados 110 países com tecnologia de vigilância ou censura importada da Rússia ou da China”, refere o artigo da OpenTechnology Fund, publicado no Global Investigative Journalism Network.
Este site do Clube, lançado em Novembro de 2016, e com actividade regular desde então, tem-se afirmado tanto como roteiro do que acontece de novo na paisagem mediática, como ainda no aprofundamento do debate sobre as questões mais relevantes do jornalismo, além do acompanhamento e divulgação das iniciativas do CPI.
O resultado deste esforço tem sido notório, com a fixação de um crescente número de visitantes, oriundos de uma alargada panóplia de países, com relevo para os de língua portuguesa, facto que é muito estimulante e encorajador.